Elefante
Aos montes chegam as idades.
Penduram na pele flácida da barriga
e fazem sulcos na testa, olhos e boca.
O que era pique, agora é piripaque.
O que foi disposição converte-se em má posição.
Despejam os cabelos, mas enchem de ideias.
De tanto contar passos é necessário marca - passo.
De Tanto fechar a cara nao sabe mais abrir a boca
Ouve pouco, come muito, enxerga nada e não quer ver.
Caem os ombros, antes tão tensos.
Pesam as mãos, crescidas e peludas
e fazem do nada mais uma distração.
Luiz Fernando Priamo
Nenhum comentário:
Postar um comentário