domingo, 26 de setembro de 2010


Elefante
Aos montes chegam as idades.
Penduram na pele flácida da barriga
e fazem sulcos na testa, olhos e boca.

O que era pique, agora é piripaque.
O que foi disposição converte-se em má posição.
Despejam os cabelos, mas enchem de ideias.


De tanto contar passos é necessário marca - passo.
De Tanto fechar a cara nao sabe mais abrir a boca
Ouve pouco, come muito, enxerga nada e não quer ver.

Caem os ombros, antes tão tensos.
Pesam as mãos, crescidas e peludas
e fazem do nada mais uma distração.

Luiz Fernando Priamo

Nenhum comentário:

Postar um comentário